terça-feira, 25 de novembro de 2008

Chuvas em SC: sinal vermelho.

Estão todos definitivamente assustados com o resultado da chuva do fim de semana em Santa Catarina. Mais de 1,5 milhão de pessoas afetadas, 69 mortes, cerca de 30 desaparecidos e 5 cidades decretaram estado de calamidade pública, segundo o portal globo.

É realmente uma tragédia. Mas acima de tudo é um sinal.
É um sinal da natureza dizendo que não agüenta mais, é uma conseqüência da destruição que o homem causa à camada de ozônio, o incentivo do efeito estufa e a o fato de mesmo tendo o conhecimento disso tudo tão toma nenhuma atitude.

Os sinais vão desde uma chuva de granizo em Minas Gerais, passam pela destruição em Santa Catarina, as constantes inundações em São Paulo, foi o ciclone aqui no Brasil, até os tornados e furações pelo mundo...

Infelizmente se nada for feito, crianças vão continuar morrendo, e junto com elas a esperança que tínhamos delas fazerem algo diferente. Junto com elas nós adultos também esfalescemos, seja com a perda da vida ou com a perda dos sonhos.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Quem será o próximo Iraque?

O Portal Terra exibe hoje uma reportagem da BBC Brasil que mostra o Ministro da Defesa Nelson Jobim dizendo que alertou os EUA que o sistema de segurança da América do Sul interessa apenas aos países desta região.

A entrevista foi dada para o jornal argentino “La Nacion”, e segundo consta na matéria Jobim disse que “Eles (secretários americanos da Defesa, Robert Gates, e de Estado, Condoleezza Rice) insistiram que eu lhes desse alguma mensagem, alguma sugestão do que transmitir a seu presidente (George W. Bush), e simplesmente respondi a eles que não se metessem nisto", disse o ministro ao La Nacion.

A notícia conta ainda que o Brasil fez uma parceria com a França para adquirir um submarino nuclear, para proteger os depósitos de petróleo do litoral. Discorre ainda sobre a defesa que o ministro faz de união entre os países da América Latina, que já se torna realidade com a Unasul (União das Nações Sul-Americanas) e com o Conselho de Defesa Sul Americano.

Ao ler esta matéria, fiquei lembrei-me da Guerra do Iraque. Por que? Por causa da invasão ter acontecido com um dos motivos sendo o petróleo.
Depois lembrei-me que Bush só governa até início de janeiro, o que pode ajudar.

Porém é bom lembrar que o nosso país tem descoberto novas e novas fontes de petróleo, tem a Amazonas em um cenário que a natureza e a água potável se torna cada vez mais raros, tem o Pantanal, outro reduto de raridades... mas não tem proteção. Nós mesmos pertencentes a este país que desperta o olhar do grande líder do mundo, não temos o cuidado com nossa terra. A cada dia destruímos nossas riquezas.

Além da natureza que se “vinga” nos proporcionando ciclones e temperaturas nunca vistas, temos ainda uma ameaça mundial, já que somos um país em crescimento e sem forças políticas de grande relevância pelo mundo.
Por isso é bom mesmo que o Brasil se alie, afinal nunca sabemos quem será o próximo Iraque.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Obama...

Fui mais uma à não resistir ao charme de Barack Obama, último presidente eleito dos EUA, país de maior influência mundial.
E ao não resistir, escrevo aqui sobre essa febre mundial que utilizou-se de uma excelente estratégia de marketing e é clamado pela imprensa quase como um Deus.
O portal da globo (G1) no último dia 10, diz: “os meios científicos vêem a chegada do novo presidente, Barack Obama, quase como uma bênção divina”. O site Observatório da Imprensa, do mesmo dia, destaca: “Mudança agora significa fim dos preconceitos, fim dos fanatismos, fim do radicalismo e fim do revanchismo. Mudança agora é mudança mesmo, ponto final em estruturas, sistemas, fórmulas e idéias que persistem desde o início da Segunda Guerra Mundial.”
O portal uol do dia 06/11/08 ressaltou ainda o novo posicionamento de tradicionais “rivais” dos EUA, parabenizando o novo presidente e se colocando disponíveis para conversa, como Irã, Síria e Hamas (grupo que controla a faixa de Gaza).
Diante de tamanha efervecência, votação histórica e ovacionamento, o novo presidente terá muitos desafios.
É importante lembrar no entanto, que há condições de vários posicionamentos divergentes da era Bush, mas nãoé bom esperar por milagres.
Apesar da Internet divulgar a imagem de Obama como Super-Homem, ele ainda não tem super poderes.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Debate Lacerda x Quintão

Saí mais cedo da faculdade, matei um horário (que me custa caro) e cheguei em casa depois de 2 horas da manhã.
Pra quê?
Para assistir ao debate, ou melhor ao espetáculo do circo armado candidatos a prefeitos de BH e transmitido pelos Diários Associados.
As acusações que foram de plágio à improbidade administrativa desanimaram os futuros jornalistas que lotaram o auditório do Teatro Alterosa e saíram de lá apenas com uma certeza: se o prefeito eleito agir em sua administração como agiram no palanque, estamos todos fadados à assistir cenas de novelas na nossa realidade cotidiana.
Sim, com direito à fotos e autógrafos, pois foi isso que aconteceu após o debate. Alguns foram tirar fotos com os candidatos, como se estivessem encontrando com um artista de que é fã.
Aí questiono mais uma coisa: como será o futuro de nossa profissão (jornalismo) se enquanto estudante agimos assim?
Além das trocas de farpas e das respostas não dadas, tivemos ainda uma nítida "proteção" da organização do evento com alguns partidários de Lacerda. Apesar do portal uai de hoje comentar em sua matéria que os estudantes se manifestaram pouco diante do debate, essa manifestação foi a todo momento proibida sob ameaça de expulsão do teatro. No entanto um grupo menor que se sentou ao fundo do teatro chegou a distribuir adesivos do candidato e ainda manifestaram-se várias vezes com pouca repercussão diante do público, mas absolutamente nada foi feito para impedir.
No entanto quando as manifestações foram de coro, houve intervensão rápida e coersitiva, que não surgiria tant efeito se todos se mantivessem com a mesma postura.
Além de tudo isso, fomos obrigados à assistir um ator e um dublê (como chamaram um ao outro) tentando nos convencer de quem é menos pior...
Ficou difícil, afinal não estamos fazendo um filme, estamos escolhendo o prefeito de uma das mais importantes cidades brasileiras, mas parece que eles se esqueceram disso!

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Estado de Minas: Quintão x Lacerda, por Aécio Neves

Aécio Neves deu uma entrevista de uma página para o Estado de Minas deste domingo.
O assunto, é claro, seu apoio ao candidato à prefeitura em segundo turno Márcio Lacerda.

É claro que nosso governador tem todo o direito de apoiar quem quiser e defender seu apoio. Inclusive nem estou aqui julgando se esta escolha de um "lado" trata-se ou não de conveniência ou afronto a democracia (por mais que seja interessante pensar sobre isso).

O que gostaria de entender está única e exclusivamente expressa na entrevista que ele deu ao jornal que ... enfim, vamos aos fatos.

Tenho 3 opções: 1 - eu não compreendi o que nosso governador disse.
2 - Ele entrou em contradição.
3 - Ele não está conseguindo separar seu papel de aliado político forte e importante e seu papel de representante do estado e em consequência da população de Minas Gerais.

Explico minha dúvida.
Pelo o que entendi do que o governador disse, ele acredita que Márcio Lacerda é o ÚNICO candidato com os requisitos necessários para dar "continuidade" na parceria entre prefeitura e governo do Estado. Porém ele também afirmou que caso seu candidato não vença as eleições, aceitará a situação. Disse ainda que há uma diferença quando o opositor de seu candidato(Leonardo Quintão)diz que contará com a parceria do governo. Segundo Aécio (sob a ótica do meu entendimento) Lacerda será o eleito para dar continuidade ao processo de crescimento contínuo e forte de BH e Quintão será apenas o prefeito que como todos os outros terá o apoio inevitável de um governador. Porém o próprio Aécio lembrou que NÃO apoiou Pimentel quando foi eleito (prefeito atual, do PT, e hoje seu aliado na campanha por Márcio)e ele no entanto tornou a bandeira aliada em torno de um objetivo comum.

Bom tendo em vista estas colocações faço algumas indagações e deixo outras para os leitores.

Se Aécio não apoiou Pimental quando este era canditado da prefeitura e tornou-se um grande parceiro, isso me leva a crer que pela mesma lógica, ele faria o mesmo com outro prefeito. Portanto usando este argumento (que é do próprio Aécio) seria incoerente dizer apenas um ou outro candidato poderia dar continuidade à uma parceria, principalmente quando se lembra do sonho do Palácio do Planalto, ou ainda quando se sabe e como ele mesmo disse que independente de quem se eleger o trabalho maior tem que ser pelo bem comum, portanto o eleitorado não precisa se preocupar, LAcerda não mente quando fala do apoio do governador, e nem Quintão.

Sendo assim devo ser redundante e dizer que o governador do estado, segundo seus próprios dizeres não possui um "preferido". Mas o Aécio, político, tem, e este é o Márcio Lacerda. Mas será que é imprensão minha, ou as coisas são e estão misturadas neste contexto?
Inclusive a entrevista que cita o GOVERNADOR se principalmente do seu apoio veemente à um candidato de BH .

E só pra terminar, Aécio também disse que Quintão não tem experiência administrativa para comandar a cidade, porém Lacerda também não tem a experiência política. Nestas incógnitas deve-se confiar apenas na palavra do governador? Por que se entrevistou o Aécio e não Lacerda?
e quando será a entrevista de um defensor de Lenardo Quintão?

São coisas que o jornalismo defende e eu gostaria de ver!

domingo, 5 de outubro de 2008

Comentário breve, suscinto e essencial

As pessoas pensam e não seguem de cabeça baixa o que a mídia diz, afinal de contas ter um segundo turno nas eleições de BH, até era esperado... . mas com a diferença de apenas dois pontos percentuais (43% dos votos a Lacerda e 41% a Quintão) realmente é um dado importante.
Agora não será possível evitar debates e enfrentamentos diretos, espero que com isto o melhor para BH aconteça, independente de quem sairá na frente no dia 15 de novembro, afinal este é o valor da democracia (espero também que a mídia se lembre disso!)

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

escrito dia 24 de setembro

Jeitinho brasileiro.

"Exonerada volta sem concurso", este é o título da matéria publicada hoje no jornal Estado de Minas, na primeira página do caderno Política.
A matéria relata que após um mês da demissão, por nepotismo, do Tribunal de Contas do Estado, Aline Riera Toledo, filha do conselheiro do TCE Simão Pedro Toledo foi mais uma vez contratada sem concurso público, agora para a Assembléia Legislativa de Minas Gerais.

Ao ler a matéria questiono vários pontos que vão desde a questão do nepotismo em si, a maneira que este fato é tratado pela imprensa, até a questão do jeitinho brasileiro, que continua sendo uma marca da nossa malandragem que escapa a imagem do sambista tranquilo de terno e chapéu brancos.

Sem intensão de fugir da polêmica, deixo a discussão do nepotismo para outro momento.
Quanto a abordagem midiática do assunto deixo para intensão de outros textos no meu blog.
Aproveito aqui a discussão deste último tema, não por ser mais brando (pois não é), mas simplesmente por preocupar-me profundamente com a proximidade do dia 5 de outubro.

Roberto da Mata, em seu livro "O que faz do Brasil, brasil?' diz que legitimamos muitas vezes o que é ilegal, pois nossa unidade coercitiva é inadequada para nossa realidade individual: somos uma Belíndia, (temos as leis e impostos da Bélgica, realidade social da Índia). Por isso achamos natural o dinheiro e o status social serem o passaporte primordial de entrada seja no cinema, hotel, aeroporto ou mesmo para a "fuga" da prisão. Temos a visão marqueteira de que que cada cliente tem o que merece e por isso legitimamos a busca desenfreada para merecermos mais. Assim, achamos interessante votar não em que achamos mais competente e sim naquele que possui maior probabilidade de me arrumar um emprego nos órgãos públicos.
E o nepotismo?
E o ofício de Garibaldi enviado aos senadores cobrando a demissão dos familiares contratados até dia 10 de outubro? E o papel do Ministério Público de punir os casos "teimosos"?

Pois é ... é o jeitinho!

OBS>: dia 25 de setembro... a referida foi exonerada novamente, segundo o mesmo jornal

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

o que é o jornalismo

Vejam a matéria na íntegra do site uai, divulgada ontem 17/09/08,
disponivel em: http://www.uai.com.br/UAI/html/sessao_2/2008/09/17/em_noticia_interna,id_sessao=2&id_noticia=79848/em_noticia_interna.shtml


Preso motoqueiro que escondia celulares no ânus para distribuir para presos
Ricardo Carlini - TV Alterosa


Está preso o motoqueiro suspeito de distribuir celulares nos presídios
da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Segundo os militares da
Rotam, ele colocava os aparelhos no ânus. O motoboy tinha um esquema
com uma loja de telefones na rua Curitiba, no Centro de BH.

No local, a polícia apreende R$ 9 mil em dinheiro, R$ 40 mil em
cheques e 300 celulares sem procedência. Haja ânus para carregar tudo
isso.


Depois de ler, copiar aqui, reler e resolver postar no blog, ainda não
acredito ter visto esta matéria, de um grupo renomado e que é o
principal grupo de Comunicação em Belo Horizonte: Associados MG.
O nível de comentário feito por Ricardo Carlini envergonha a classe
jornalística a ponto de bloquearem as palavras que saem das minhas
mãos neste momento...

Basta, as palavras (que não são minhas) falam por si só.
e eu me pergunto: ainda vale a pena fazer jornalismo?

sábado, 30 de agosto de 2008

200 ANOS DE IMPRENSA

NA COMEMORAÇÃO DOS 200 ANOS DE IMPRENSA É PRECISO REFLETIR SOBRE O QUE É O JORNALISMO, COMO ELE SE COMPORTA E QUAL A SUA FUNÇÃO. A IMPRENSA PASSA POR MODIFICAÇÕES NESTE MOMENTO E NO MÍNIMO É NECESSÁRIO QUESTIONAR NOSSA HISTÓRIA E NOSSO DRAMA.

VÁRIOS AUTORES DISCUTEM O TEMA, VALE A PENA CITAR ALGUNS:

IGNÁCIO RAMONET, EM SEU LIVRO TIRANIA DA COMUNICAÇÃO, DIZ QUE SER JORNALISTA HOJE É UM DESAFIO. EUGÊNIO BUCCI, EM SEU LIVRO VIDEOLOGIAS, MOSTRA QUE O MUNDO DO JORNALISMO NA TV ESTÁ CADA VEZ MAIS TEATRAL, IDÉIA COMPARTILHADA POR JOSÉ ARBEX JÚNIOR, NO LIVRO SHOWNARLISMO, ONDE MOSTRA JÁ NO TÍTULO, O DESAFIO QUE A PROFISSÃO PASSA ATUALMENTE. O LIVRO A SÍNDROME DA ANTENA PARABÓLICA, DE BERNARDO KUCINSKI, EXEMPLIFICA SITUAÇÕES ONDE A FILOSOFIA INDUSTRIAL SUPERA O DEVER DA INFORMAÇÃO. FATO EXPLICADO TAMBÉM NO ARTIGO DO OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA, DE ALBERTO DINES (http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=500JDB001): “a palavra indústria aplica-se ao conjunto de pessoas, processos e maquinário envolvido no fabrico de determinado produto. Tudo bem: indústrias geralmente associam-se à noção de progresso, produzem lucros, lucros movimentam a economia, distribuem riquezas, promovem o bem-estar material.”. O AUTOR LEMBRA QUE A IMPRENSA É DA ESFERA PÚBLICA E POR ISSO TEM O DEVER DE SER UM PODER DE UNIÃO E REPRESENTAÇÃO DOS INDIVÍDUOS, O QUE NÃO IMPEDE LUCRO, MAS TAMBÉM NÃO PODE TÊ-LO COMO OBJETIVO PRIMORDIAL, COMO LEMBRA: “Quando a imprensa era instituição, jornais também deveriam ser lucrativos, mas nos intervalos entre balancetes e balanços havia um compromisso com o interesse público.”.

UM EXEMPLO DA INDUSTRIALIZAÇÃO E POUCA REFLEXÃO DA IMPRENSA É O FATO DE SEU ANIVERSÁRIO DE 200 ANOS PASSAR PRATICAMENTE DESPERCEBIDO.

UMA OUTRA PROVA É A PESQUISA REALIZADA E DIVULGADA PELA ABERGE SOBRE POLÍTICAS SALARIAIS DA COMUNICAÇÃO QUE TEM COMO BASE EMPRESAS COM BOAS COLOCAÇÕES NO RANKING DAS “MELHORES E MAIORES” DA REVISTA EXAME E AS “MELHORES EMPRESAS PARA SE TRABALHAR” DA REVISTA VOCÊ S.A. OU SEJA, ATÉ PARA PESQUISAS, O QUE IMPORTA É A ESCALA INDUSTRIAL E NÃO A REPRESENTAÇÃO DA GRANDE MAIORIA DOS PROFISSIONAIS DE COMINICAÇÃO.

DIANTE DE TUDO ISSO, RESTA O AMOR A IMPRENSA E A ESPERANÇA DE SE FAZER ALGO DIFERENTE, POR MAIS QUE A CADA DIA ISSO PARECE AINDA MAIS DIFÍCIL.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Mudança no consumo de informações

"Uma pesquisa que acaba de ser divulgada pelo instituto Pew Research Center for the People and the Press mostra que os consumidores de informações já não consomem passivamente as notícias publicadas pela imprensa e adotam cada vez mais uma postura investigativa e seletiva." (CASTILHO, Carlos in Mudança de hábitos de leitores gera novo desafio para as redações. Disponível em http://www.observatoriodaimprensa.com.br/blogs.asp?id_blog=2&id={F40BB051-9640-4FB3-8BA0-E24C9FC9816D} )

De acordo com a notícia publicada no site Observatório da imprensa, os leitores estão buscando diversas fontes para análise e formação de opinião, dentre elas estão os blogs.

Este fato mostra que a síndrome do último minuto não está consumindo todas as cabeças e mais: as pessoas não estão tão superficiais como muitos dizem.

Sabemos que a "hipermodernidade" tão falada por Baudrilard e Lipovetsky, tem suas características verídicas quanto a falta de aprofundamento geral em diversos assuntos, e na loucura da corrida contra o tempo, porém nem tudo está perdido, e nem a salvo.

Devemos entender que a internet por exemplo, é uma ferramenta que pode ser utilizada de acordo com a vontade de quem acessa:
pode fomentar entretenimento, superfuidade e também aprofundamento e pesquisa.

Portanto está na hora de deixarmos de culpar a época, pessoas e/ou tecnologias por atitudes que são nossas, por mais que hajam intereferências.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Mídia e acontecimentos

E o que acontece além das olimpíadas?
E as eleições?
E o show business?
Perguntas... sempre perguntas...

Para evitá-las ou excitá-las, cito trechos da Revista Caros Amigos
deste mês de agosto.
Comecemos por Feréz, no texto: "brazil for sale".

"o estilhaço do fuzil russo atinge a mulher, que nunca mais andará,
nem ficará ao menos de pé."
(...)
"Enquanto isso, perante uma câmera comprado com dinheiro que seria
usado para educação, a apresentadora vadia passeia pela favela e só
quer falar alegrias, como se fosse possível sorrir vendo o rato roer
seu único saco de arroz, que o ex-metalúrgico jurou que não ficaria
mais caro, mais ficou."
(...)
"A Legião da Boa Vontade compra até canal de televisão, mas não tira a
menina da rua.
"O caso Isabella chama atenção, pros políticos aprovar divisão do
décimo-terceiro salário em treze prestações.
(...)
Os três porquinhos do conto de fadas são presos, mas quem pede pra
sair são os delegados."
(...)
"Tudo é desculpa (...) pra honrar o dinheiro roubado do congresso,
talvez pra cobrir o escândalo do sexo".
(...)
"Vai entender, treinam o Saddam e o enforcam, vai entender"
(...) "e no bar a propaganda de cerveja mostra a mulher que o
computador corrigiu, que você olha sem parar enquanto não luta pra
fazer sua família funcionar. Aquela mesma mulher que toma
anticoncepcional e te espera toda noite com um prato diferente e com
um sorriso assim meio amarelo." (...)

agora, cito Gilberto Felisberto Vasconcellos, texto: "são paulo não
faz a cabeça de nova york":
"Depois de 1964, a direita nas ciências sociais, cacificada pelo
turismo acadêmico, teve por incubência mostrar que a felicidade do
povo brasileiro é multinacional ou não é felicidade".
(...)
"O subdesenvolvimento somente desenvolve o desenvolvido m escala
nacional e mundial".

e pra terminar, meu desabafo que não é meu, cito Mylton severino:
"o que seria desse jornalismo acovardado se não existisse o modo
condicional? Seus praticantes o inventariam;"
(...)
"a ditadura não acabou. (...) A existência de uma polícia "MILITAR".
Mundo afora, país civilizado tem polícia CIVIL. "

e eu lembro de Carlos Drummond de Andrade: " e agora José?"

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Liminar contra Lei Seca

As liminares contra a Lei Seca concedidas em São Paulo e em Minas
geraram matérias na mídia contra e em favor de tal fato.

No último dia 22, lemos:" Um advogado recebeu liminarmente uma ordem
de salvo-conduto caso se negue ao teste do bafômetro em abordagem
policial. Com isso, não será obrigado a comparecer a repartição
policial, não será efetuada multa, não lhe será imposta penalidade
administrativa de suspensão do direito de dirigir e tampouco terá seu
veículo apreendido", no site
http://www.jusbrasil.com.br/noticias/74733/tj-ac-desembargadora-expede-liminar-contra-lei-seca-para-advogado-de-minas.

No dia seguinte, temos a matéria do jornal "Hoje Em Dia" disponível no
site da Associação Brasileira dos Restaurantes, disponível em
http://www.abrasel.com.br/index.php/atualidade/item/4661/. Nesta
matéria há uma citação do advogado que conseguiu a liminar em Minas
Gerais: "A minha intenção não é sair dirigindo embriagado, já que eu
não tenho este hábito, mas provocar uma discussão sobre as falhas na
Lei Seca", disse Leonardo Costa Ferreira de Melo. Se este foi
realmente o objetivo do advogado, ele conseguiu em parte.

Vários veículos de comunicação discutiram o fato da liminar concedida,
mas poucos discutiram o teor da lei. As matérias que circulam na
internet, de uma maneira geral ou condena a juíza que deu a liminar ou
o próprio advogado que a pediu. No entanto pouco se leu a respeito das
brechas que a Lei Seca (assim como tantas outras) possui. E quando
houve uma análise, os veículos de comunicação mostraram apenas um lado
da história, é o que acontece na matéria já citada do "Jornal Hoje em
Dia", onde se apresenta as lacunas da lei e procura-se argumentar que
por isso ela é falha: "Na ação, Leonardo alega que a liminar
preventiva é para garantir o seu direito de ir e vir. Para ele, além
de draconiana, "a lei é desastrada, injusta, inútil". Em suas
alegações, o advogado criticou o excessivo rigor da norma e as
arbitrariedades de sua aplicação", na matéria temos ainda:
"Desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) têm
posições distintas sobre a legalidade da Lei Seca. Seis pessoas
entraram com o mesmo pedido feito pelo advogado Leonardo Costa e
tiveram as liminares negadas esta semana. Outras cinco ações pedindo a
suspensão da legislação para motoristas de Belo Horizonte estão sendo
analisadas".

As informações são interessantes para uma reflexão sobre o assunto, no
entanto em nehum momento foi mencionado o lado positivo da aplicação
da lei e a redução de acidentes que ela gerou, por exemplo.

Mais uma vez, percebemos um jornalismo parcial.
A minha intensão aqui é discutir o jornalismo nesta situação delicada
e importante.

é essencial que em situações delicadas como essas, sejam mostrados as
dificuldades na definição de uma lei que não haja como escapar dela,
as consequências deste fato e as opiniões contrárias ou não as
diversas situações que envolvem este fato. Ou seja, os jornais
deveriam mostrar em uma mesma matéria a opinião do advogado e da
juiíza que expediu a liminar, bem como àqueles que elaboraram a lei e
seus defensores, além dos cidadãos. Portanto, todos os lados deveriam
ser ouvidos, e isso mais uma vez não aconteceu.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

LEI SECA

A imprensa tem mostrado os bons resultados da Lei Seca quanto a diminuição de acidentes.
Até aí tudo bem. Louvável até, tanto o fato de se cobrir isso quanto o fato da dimnuição dos acidentes. Sinal que está surgindo efeito..

porém ninguém discute como está sendo feito essa fiscalização, tendo em vista a infra-estrutura policial que o país possui.
Eu me pergunto, como?

domingo, 6 de julho de 2008

Rubinho subiu ao pódio

Nossa... Rubinho no pódio...
Desculpe mas é no mínimo estranha a cena... Afinal desde 2005, quando ele ainda corria pela Ferrari.
Mais estranho ainda é a cena de declaração com o Filho. Calma, explico.
Ele tem todo direito de sentir e expor suas emoções, como quiser... é um direito dele.
Mas para um terceiro lugar a comemoração foi intensa demais...
É talvez eu que esteja amarga... afinal ele não sentia este gostinho à alguns anos...

terça-feira, 24 de junho de 2008

ESTRADA E BEBIDAS ALCÓOLICAS

Segundo a rádio Band News FM, a cidade de São Paulo possui apenas 19 bafômetros para controle do consumo alcoolico nos 22 mil km da malha viária que possui. Ainda segundo a reportagem, os traumas - que atingem a maioria jovens, são a segunda causa de morte na cidade, ao lado de câncer. Além disso, 40% dos acidentes de trânsito tem envolvimento de bebidas alcoolicas.

Estas informações nos mostram o quão frágil é o sistema de controle das nossas estradas e das pessoas que passam por elas.

Muito se vê discutindo sobre a venda de bebidas alcoolicas nas estradas, sobre a veiculação de propaganda dessas bebidas e agora se discute a proibição de consumo alcoolico para permissão para se dirigir. Acredito que são discussões válidas, porém me pergunto o que adianta se discutir isto sem se falar da questão do controle e da correção dos infratores.

Não adianta existir a lei se ela não se fizer cumprir. Por isso, é é extremamente importante que se fale e se questione: como se sabe se alguém bebe ou não para dirigir? você já foi abordado por alguém com um bafômetro? Como será "medido" a possível diminuição de consumo nas estradas? pelo número de óbitos?
Não, não acho justo. Não acho que pessoas precisam morrer para se medir o número que sobreviveu, se podemos impedir poupando vidas de uma maneira mais eficaz e com mais respeito ao bem mais gracioso que Deus nos deu: a vida!

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Brasil x Argentina

A nossa seleção nem está merecendo muitos comentários, mas é justamnte por isso que vou comentar...
Não o futebol, para este assunto sugiro www.apitorosa.blogspot.com , mas o fato sa seleção ter se apresentado aqui em BH.
Isso foi muito importante para nossa capital mineira se mostrar ao mundo. Mostrar que tem capacidade de receber grandes e importantes eventos e que tudo não se resume à São Paulo e Rio de Janeiro...

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Califórnia libera o casamento gay.

Ontem os jornais on line divulgaram discretamente a liberação do casamento de pessoas do mesmo sexo no estado americano Califórnia. O assunto deveria ter sido mais explorado, tendo em vista a importância do estado, que possui a maior população dos EUA e possui uma grande representatividade mundial.

Homossexualidade sempre é um assunto que gera polêmica, envolve questões religiosas e de direitos humanos. Sendo assim, deveria ser mais explorado e discutido, afinal são pessoas que estão envolvidas, acima de tudo.

No entanto aqui no Brasil, temos o preconceito escondido, um preconceito mascarado, como muito bem descreve o antropólogo Roberto da Matta. Ele diz que o brasileiro tem preconceito de ter preconceito, por isso esse preconceito é invisível, diferente dos norte-americanos, que mostram seus preconceitos de forma direta e formal (o que não deixa de ser terrível).

Muitos acreditam que colocar casais gays nas novelas bastam para fazer com que o assunto seja refletido, no entanto a visibilidade sem discussão e sem cuidado, pode gerar ações contrárias, inclusive de repulsa à essas pessoas. O que é absurdo. Afinal a própria lei diz que todos somos iguais, sendo assim todos nós deveríamos ser respeitados, independente de cor, raça, situação financeira e social, muito menos por opção sexual.

Se todos nós temos o mesmo direito e o mesmo dever – todos pagam impostos, deveríamos também ter o mesmo direito de casar formalmente. E quando um importante estado como a Califórnia autentica esse direito, a imprensa deveria mostrar essa notícia de forma a incentivar a quebra do preconceito e não refletir esse sentimento intríseco e inerente a nosso país, mas que acima de tudo é vergonhoso.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Ser jornalista

Sou estudante de comunicação e tento pensar e questionar o papel do jornalista hoje.
Normamelte analiso notícias e dou meu pitaco. Quando quero falar de sentimentos, costumo usar meu outro blog (miescrita.blogspot.com).
Hoje resolvi fazer diferente, simplesmente por quere chamar sua atenção, sim você queestá lendo este texto agora.
Acredito que não apenas os comunicadores precisam se questionar e questionar a mídia, TODOS NÓS devemos fazer isso.
Não peço jamais que concordem comigo, apenas que participem da reflexão do que a mídia representa em nossas vidas?
Quem importância essas análises e opiniões postadas aqui e em tantos outros blog´s representam?
Estamos satisfeitos com as programações à que assistimos? Por que?
Qual o papel do jornalista no cenário de influência midiática? e do meio de comunicação? e do expectador?

Pensemos...............

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Imprensa e células tronco

Sou uma leitora de jornais on line e acredito piamente que a Internet pode sim ser suporte de boas matérias, dentro do que este meio suporta.

Desta forma analiso aqui duas matérias sobre o mesmo assunto e de abordagens bastante diferentes. São elas: “Liberação do uso de embriões dá tranqüilidade para pesquisas, dizem cientistas”, por Felipe Maia, disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u406896.shtml e “Supremo libera pesquisas com células-tronco embrionárias’, por Mirella D’elia, disponível em http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL583338-5603,00-SUPREMO+LIBERA+PESQUISAS+COM+CELULASTRONCO+EMBRIONARIAS.html.

A primeira, da Folha on-line, mostra as diferentes opiniões sobre o delicado assunto da liberação de pesquisas com células tronco, citemos: “Mas, mesmo na comunidade científica, há quem discorde desses procedimentos. A bioquímica Lenise Garcia, professora do departamento de biologia celular da UnB (Universidade de Brasília), classifica a liberação das pesquisas como "uma derrota para a dignidade humana", em um cenário em que o homem "perde consciência de si mesmo"” e ainda "Precisamos ter estudos em grande escala, para obtermos resultados mais rápidos. Se ficarmos travando [as pesquisas], não vai deslanchar nunca", diz (Sara Saad, professora titular de hematologia e hemoterapia da Unicamp)”.

Já a matéria da Globo on line, apenas mostra as opiniões favoráveis: “Desculpem-me a expressão, mas o destino de todos esses embriões seria o lixo sanitário. Dá-se-lhes, portanto, uma destinação nobre”, sustentou. “Não vejo qualquer ofensa à dignidade humana o uso de pré-embriões inviáveis ou congelados, que não teriam como destino senão um lamentável descarte”, complementou o ministro" (Marco Aurélio Mello).

O jornalismo possui um dever de mostrar as diferentes partes, e não omitir opiniões para gerar entendimento do público de determinada maneira.

Os meios de comunicação influenciam sim, inevitavelmente. Não se trata de negar este fato. No entanto esta influência deve se dar de forma responsável.
Negar pontos de vista diferentes em uma matéria é renegar a função do jornalismo e desrespeitá-lo.

.

terça-feira, 20 de maio de 2008

a história de Ronaldo

Era uma vez um menino excepcionalmente talentoso para o futebol. Ele
teve rápida ascensão, de craque do seu time para craque da seleção
brasileira, daí pra herói nacional, de herói a símbolo sexual e de
símbolo sexual a garoto propaganda de todos os produtos imagináveis,
associados ou não ao esporte." Foi assim que Maria Rita Kehl, no livro
Videologias, define o início da história de Ronaldo, personagem
reflexo da mídia. Após comentar o status que o jogador adiquire com o
contrato da Nike, a autora lembra outro momento do jogador: " No jogo
decisivo da Copa de 1998, sobrecarregado com o peso do logotipo
milionário em sua camiseta,(...) Ronaldinho não conseguiu envitar que
sua humanidade se manifestasse. (...) Uma outra imagem então, não de
herói e sim de clown, atrapalhado com as próprias pernas, foi
transmitida para o mundo todo, entrando via satélite em milhões de
salas de milhões de fãs confusos." Depois de tudo isso, Ronaldo voltou
a ser aclamado e hoje é novamente vaiado. A travesti envolvida nesse
último escândalo ganhou um filme pornô e Ronaldo se vê novamente
diante de mais um desafio: refazer sua imagem. É possível?
Para mídia tudo é possível, nela tudo acontece na velocidade da luz.
Se for interesse mercadológico, tudo vale a pena. Até o escândalo é
usado, os envolvidos tornam-se produto deles mesmos.É o que diz Kel:
"como se estes sujeitos ditos privilegiados não fossem pobres diabos,
vendedores de força de trabalho, assim comoa maioria de seus fãs" ou
ainda como diz Guy Debord: " O homem cuja vida se banaliza precisa se
fazer representar espetaculamente." Aí entramos na discussão de
Adorno: algo foge da estética de indústria cultural, ou ainda vivemos
apenas no Simulacro, como questiona Baedrillard?

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Propaganda de cerveja: dilema

Várias discussões em torno das propagandas de cerveja: restringir, acabar, fiscalizar, não fazer nada?????
São várias as perguntas e várias as discussões.
Isto é o mais interessante!
Havia tempos que não se via isso!
Discordar e defender pontos de vista faz parte do jornalismo!
É como Alberto Dines citou em seu artigo de hoje, sob título: "Duas ousadias contra
a propaganda de cerveja", no observatório da imprensa:
"Os gestos de independência acontecem no momento em que nossa mídia é novamente criticada pela unissonância e falta de diversidade e servem para lembrar que os caminhos para o bem comum são necessariamente diferenciados e contraditórios."
Tal contradição foi percebida dentro do próprio site do Observatório, quando Marcos Augusto Mesquita Coelho, em 6/5/2008, com seu texto "O péssimo hábito de beber e dirigir" critica o texto de Venício A. de Lima postado no site dia 29/4/2008, com o título de "Cervejas, publicidade e direito à informação". É um conflito de opiniões muito interessante, onde se vê que o Marcos Augusto tem uma posição favorável à propaganda de cerveja e Venício contrária. Então vamos nos juntar a discussão.
Hoje, na rádio Itatiaia, Alexandre Garcia disse que até que fim poderíamos nos ver livres das bundas das propagandas - caso a lei de regulamentação impessa as propagandas de cerveja.
Tá, que as propagandas de cerveja possuem bundas, é verdade, mas eu pergunto só propagandas de cerveja? o que é carnaval, novelas diárias, programas das tardes dominicais, internet, revistas, e etc?
Que propagandas influenciam o consumidor, ok. Se não influeciassem não existiriam. Mas até que ponto as pessoas deixaram de fumar por causa da proibição da sua propaganda?
Até que ponto a influência pela marca de cerveja que vai tomar interfere na decisão irresponsável de dirigir um veículo embriagado?
E eu posso fazer estes questionamentos, por que adoro minha cerveja aos fins de semana, e praticamente nem vejo propaganda de cerveja (quase nunca assisto TV, veículo extremamante utilizado para a divulgação).
Além disso, as pessoas transam mais no carnaval por que existe a propaganda de camisinha, ou a propaganda de camisinha existe por causa do aumento do sexo no carnaval?

A discussão em torno das propagandas de cerveja será que não servem para desviar a atenção da responsabilidade de coibir e punir àqueles que infligem a lei? Eu nunca vi, por exemplo, na prática, o uso de um bafômetro nas estradas, nem em ações de véspera de feriado (e olha que os acidentes são muitos e eu viajo em praticamente todas essas datas).

Discussões como delimitar certo horário para a propaganda de cerveja, é aceitável, mas condená-la é nos chamr, na minha opinião, de burros inconsequentes que vê a propaganda e sai por aí tomando todas e diringindo.

Além do mais tem a conclusão de Marcos Augusto Mesquita Coelho que preciso citar: "Assim, tomando a frase citada no artigo como evidência de que a propaganda aumenta o consumo, diria, ao contrário: o que explica por que um anunciante dá "R$1 milhão a um pagodeiro para anunciar seu produto" é o fato da empresa saber que o dinheiro investido naquela propaganda trará resultado apenas para a sua marca. O que feriria a lógica dos investimentos em propaganda é exatamente o inverso do que lá foi citado: Ninguém daria um tostão para qualquer personalidade figurar em uma campanha de propaganda de seu produto se percebesse que este investimento estivesse servindo para aumentar as vendas também do seu concorrente."

Mas ressalto, não concordem necessariamente comigo, a discussão continua sendo o mais interessante!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

quarta-feira, 7 de maio de 2008

veja como é a veja

Depois da capa "foram eles", sobre o tão comentado caso Isabela, a Veja colcou na capa desta semana Ronaldo, por causa do tão falado caso com os travestis...
é imprensão minha, mas não existe mais corrupção, BNDES, cartões corporativos, ... Sangsugas, mensalão (o que era isso mesmo?)...
E João Hélio,lembra? (quem????)
Índio Galdino então, nem preciso perguntar...

Ah... E eu ainda comento aqui...

domingo, 4 de maio de 2008

Futebol

Que os jornais não tripudiem do coração atleticano, afinal ele é único e incondicional!

segunda-feira, 28 de abril de 2008

CANSEI

NÃO TENHO FORÇAS PRA DIZER...
ODEIO AS CAPAS DA VEJA...
E A PROPÓSITO: O QUE ACONTECE POR ESSES DIAS, DEPOIS DA MORTE DE ISABELLA? QTOS POR CENTO QUE O IBOPE SUBIU MESMO?
O QUE ME INTERESSA SABER QUE CHEGARAM MANTIMENTOS NA CASA DA FAMÍLIA NARDONI?

terça-feira, 15 de abril de 2008

Pasárgada

Em homenagem à Ju, em seu comentário super pertinente, posto aqui o poema que inspirou o nome da operação que prendeu, e já soltou e fala em prender de novo vários prefeitos, a maioria mineiros (depois aindam duvidam que o mensalão começou aqui)...




Vou-me Embora pra Pasárgada

Manuel Bandeira


Vou-me embora pra Pasárgada

Lá sou amigo do rei

Lá tenho a mulher que eu quero

Na cama que escolherei



Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada

Aqui eu não sou feliz

Lá a existência é uma aventura

De tal modo inconseqüente

Que Joana a Louca de Espanha

Rainha e falsa demente

Vem a ser contraparente

Da nora que nunca tive



E como farei ginástica

Andarei de bicicleta

Montarei em burro brabo

Subirei no pau-de-sebo

Tomarei banhos de mar!

E quando estiver cansado

Deito na beira do rio

Mando chamar a mãe-d'água

Pra me contar as histórias

Que no tempo de eu menino

Rosa vinha me contar

Vou-me embora pra Pasárgada



Em Pasárgada tem tudo

É outra civilização

Tem um processo seguro

De impedir a concepção

Tem telefone automático

Tem alcalóide à vontade

Tem prostitutas bonitas

Para a gente namorar



E quando eu estiver mais triste

Mas triste de não ter jeito

Quando de noite me der

Vontade de me matar

— Lá sou amigo do rei —

Terei a mulher que eu quero

Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada.


Texto extraído do livro "Bandeira a Vida Inteira", Editora Alumbramento – Rio de Janeiro, 1986, pág. 90

quarta-feira, 9 de abril de 2008

G1 e o caso dos prefeitos

A matéria do caso da "operação Pasárgada" que prendeu 14 prefeitos do Brasil, desses 12 são mineiros e 2 baianos, não mereceu hoje, link da primeira página da Globo.com, que deu espaço para comunicar aos leitores o acúmulo da Mega Sena.
Na página do G1, lá em baixo, vc encontra uma matéria, que nos conta que o suposto esquema pode ter fraudado nada menos que 200 milhões de reais. A Polícia Federal apreendeu na ação R$ 1,3 milhão, US$ 20 mil, dois aviões e 36 automóveis. Mas a mega sena acumulada em 8,5 milhões, talvez seja mais importante.
A operação busca desvendar o esquema de liberação irregular de verbas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Segundo a reportagem, que conta com informações da PF, um juiz federal, nove advogados, quatro procuradores municipais, quatro funcionários do Judiciário, um gerente da Caixa Econômica Federal e um lobista, também foram detidos. Porém isso não é o suficiente para ser critério de noticiabilidade de primeira página.
E eu pergunto: cadê o jornalismo?

sexta-feira, 4 de abril de 2008

caso Isabella

O caso da criança que teria sido jogada do 6° andar do prédio, no dia 29,em São Paulo, é extremamente delicado e deve ser tratado pela imprensa como tal.
é preciso muita cautela para não aguçar suspeitas e fazer com que a população se vire contra determinados suspeitos. Corre-se o risco de acontecer como no caso dos proprietários de uma escola infantil acusados de abuso sexual de alunos, que foram julgados e condenados pela população, mas depois das investigações inocentados pela polícia.
Também não estou aqui dizendo que cilano ou fulano é inocente.
Trata-se apenas de bom senso, já que o próprio promotor diz que "que qualquer conclusão (sobre o caso) é precipitada”, como informa o G1.
Espera-se portanto, que a imprensa abaixe as lonas e dexem o circo para outro momento. A hora é de seriedade.

quinta-feira, 27 de março de 2008

aliança PT - PSDB em Belo Horizonte

Tá parecendo novela...
A questão política envolvida, a cada dia, dissolve-se na discussão.
É FHC dizendo que não é pai de Aécio na Folha on line (ontem), e Pimental, no mesmo dia, (no O tempo) rebatendo as posições contras à aliança expressadas pelo ministro Hélio Costa e pelo vice presidente mineiro José de Alencar. Pimental disse educadamente que isso não é da conta deles, que o assunto tem que ser resolvido dtem que ser resolvido dentro do partido.
Tá... tá bom. Independente de quem esteja certo nessa novela mexicana, a questão que falta discutir profundamente é a alinça em si.
Como ficará a relação entre os partidos nos outros municípios? como o Estado vai lhe dar tendo algumas cidades com o embate coriqueiro entre esses dois partidos e na capital como aliança? E em nível federal? E as eleições de 2010? Eas divergências de cultura e posição desses partidos? é possível a pacificação e convivência harmônica de tudo isso?
São muitas perguntas que rondam a questão e essas são bem mais importantes do que o fato de se as figurinhas carimbadas tem algo a ver com isso ou não...

segunda-feira, 24 de março de 2008

deputados e suas mídias (literalmente)

"Mídia influencia mais da metade dos deputados federais, diz pesquisa". Esse é o título da matéria do site comunique-se, que mostra que a grande maioria dos deputados se atentam ao que é discutido na mídia para afinarem seu discurso. É aquela velha história da agenda setting que fala que a agenda midiática define a agenda pública, portanto, sem nenhuma novidade. Sem contar que muitos deles têm ligação direta com o que é veiculado, mas deixemos isso de lado para outra análise.
O mais interessante está não neste fato, mas nas mídias escolhidas como mais influentes. A grande maioria lêem a revista Veja, o jornal Folha de São Paulo e assitem ao Jornal Nacional. Veículos com tendências direitistas, em um governo de partido de esquerda. Claro que é natural o acompanhamento desses veículos, tendo em vista a importância deles diante do público, que será alvo dos apelo políticos. Mas aí se explica muitas vezes o discurso incoerente desses mesmos deputados.
Portanto, é necessário variar os veículos consumidos, para que assim apareça ao menos aparência de autenticidade, já que a crítica construtiva é tão incomum.

domingo, 23 de março de 2008

Galo vence por goleada no mineirão

Não é que o galo venceu por 3 x 0 o invicto Tupi?
Apesar de tantas críticas (necessárias e verdadeiras) o Clube Atlético mineiro vai comemorar a semana do centenário feliz com o resultado de hj, mas ciente de que muita bola precisa rolar, ou melhor... entrar.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Cala boca imprensa

Está aberto o debate quanto a questão da liberdade de imprensa. Tudo isso porque no último dia 10, segunda, a OEA (Organização dos Estados Americanos) pediu ao governo brasileiro informações sobre liminares que restringem a atuação dos jornalistas. As denúncias partiram da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Centro para Justiça e Direito Internacional (cejil)e da ONG de ação global pela liberdade de expressão.
A discussão se deu na Folha de São Paulo, no Estadão, no Jornal Nacional, no Observatório da Imprensa e também no Comunique-se. Praticamente todas as matérias comentam a não ação da justiça em defender a liberdade de imprensa, principalmente no caso da jornalista Elvira Lobato, da Folha de S.Paulo. Ela escreveu a reportagem "Universal chega aos 30 anos com um império empresarial", em 15/12/2007, na Folha de São Paulo, e recebeu 60 processos por isso.
Mas o observatório lembra: "A agressão à liberdade que vai virando moda é produto, é conseqüência de debilidades de uma cultura democrática ainda em formação e das lacunas de marcos legais defasados. É uma conseqüência que requer atenção redobrada para que não se desdobre, ela mesma, em causa – causa de coisa muito pior."
O meu estranhamento diante do debate não está nele em si, mas na surpresa que algumas pessoas têm quanto a burocracia brasileira.
Lembro também que a liberdade de imprensa deve ser discutida, mas a fundo.
Por exemplo por que a questão de Luis Nassif com a Veja não foi profundamente discutida?
Eis a questão!

quinta-feira, 13 de março de 2008

Pesquisas com células tronco

A mídia falou mais do ministro Carlos Alberto Direito ter pedido mais tempo ao Supremo Tribunal Federal para votação da Lei de Biossegurança do que da própria questão em si.
O valor da vida é que deve ser levado em conta e não APENAS as posições à este respeito (que claro, devem ser ouvidas com toda atenção, pois serão elas que darão esperanças a muitos, ou não.)

sábado, 8 de março de 2008

Confusão na América do Sul

A confusão na América do Sul que começou no dia 1° deste mês e terminou dia 7, vai muito além da morte de Raúl, o número 2 das FARC pelo exécito Colombiano no Equador. Vai além também das ações tomadas por Hugo Cháves (Venezuela) em apoio à Rafel Correia e das farpas trocadas entre os presidentes envolvidos.
O conflito não é "bilateral" como disse Míriam Leitão no Bom dia Brasil essa semana.
Existem interesses americanos(que são parceiros da Colômbia, tanto que a Condelezza Rice foi ao país em janeiro para "ajudar" na questão das FARC e falar sobre o tratado de Livre Comércio), venezuelanos(Colômbia e Venezuela foram um único país, estão intimamente ligados) e até brasileiros (afinal uma base militar estaduniense já foi colocada na amazônia através do plano colômbia.
É bom lembrar que Hugo Chavez possui em seu país, no estado de Zulia uma enorme produção de petróleo. Estado esse que faz fronteira com a Colômbia, aliada dos EUA - inimigo político venezuelano. Por isso suas atitudes quanto à questão Colômbia - Equador, apesar de exagerada, há razão de existir.
E tudo só "acabou" bem, pelo menos por enquanto, porque os EUA também são aliados do Equador: possuem base militar no país e dão dinheiro para poder bélico equatoriano. Se a invasão fosse venezuelana em algum país, a história poderia ser bem diferente, afinal sabemos que a postura humanista demonstrada na OEA é apenas fachada, e sabemos mais ainda que Bush e Chavez são dois loucos brigando.
Com tudo isso o que tenho a dizer, é que a briga foi mais estaduniense do que sul-americana...


OBS>: Para esta postagem utilizei fontes como: Caros Amigos, observatório da imprensa, folha on line, g1, veja on line, Isto É, blogs, Bom Dia Brasil, Jornal da Globo, Jornal Hoje, Band News, CBN, Jornal da Band.

terça-feira, 4 de março de 2008

Tudo é terrorismo

A questão do terrorismo é complicada.
Em primeiro lugar, o que é o terrorismo?
O jornalista Luis Carlos Lisboa resumiu a sua visão do fenômeno: "Entre os horrores de um final de século apocalíptico, que incluem a corrupção moral generalizada e a indiferença diante da pobreza absoluta, surge da sombra o terrorismo para mostrar ao mundo o lado mais cruel do homem."
De acordo com o site brasilescola, "Terrorismo é o uso sistemático do terror ou da violência imprevisível contra regimes políticos, povos ou pessoas para alcançar um fim político, ideológico ou religioso."
Dessa forma, podemos afirmar com certeza que terrorismo existe.
Mas será que o mundo está tão infectado assim? ou a denominação "terrorismo" é usada sempre que é conveniente para mídia?
A revista veja on line (22/02/08) mencionou que o roubo de obras de arte do museu Bührle de Zurique, na Suíça, e também do Masp, de São Paulo, tem ligação com o terrorismo.
Nas recentes postagens, liga sempre as Farc ao terrorismo.
Termo também que faz parte da descrição da situação Boliviana e do que Veja chama de "populismo irresponsável de Evo Morales".
O termo também é usado - não só por Veja, diga-se de passagem, para definir os conflitos do Iraque,Irã, Israel, Cisjordânia, Kosovo, Paquistão,enfim da região (será por que?) ligada ao " Eixo do mal ".
O mais recente episódio de "terrorismo" que está em voga com a mídia é sobre a tensão entre Venezuela, Equador, Colômbia.
Mas tudo isso não é coisa recente não. O jornal O Estado de São Paulo, de 25 março de 2002, classisfica, em seu editorial, o MST como organização de terroristas, pelo fato da invasão da fazenda dos filhos do então presidente FHC.
Claro que em vários conflitos, independente do país, existem os exaltados Terroristas, porém isso não é característica de um povo, raça, religião ou país. São pessoas isoladas, que podem até ter um número significativo e alto poder bélico, mas estes não podem fazer com que seja disseminado um preconceito monstruoso a todos aqueles que tiveram um terrorista na sua reilião ou país.
Além disso, não é tudo - ou quase tudo, que é terrorismo!
Se até movimentos sociais, ou roubos comuns - nos lembremos da Petrobrás - são terroristas, o que foi então o que os EUA fizeram no Afeganistão e no Iraque? (só para citar episódios mais recentes, mas exemplos não faltariam.
Os EUA sofreram, segundo a grande mídia, o maior atentado terrorista em 11 de setembro - e realmente foi um ato terrorista - mas engraçado, nunca explodiu bombas atômicas por exemplo, e também nunca atacou brutalmente ninguém...
É... essa cobertura da mídia, não seria "terrorista"?