domingo, 6 de dezembro de 2009

NOVO BLOG

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sábado, 17 de outubro de 2009

desativado

estou produzindo outro blog. Em breve posto aqui novo endereço.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Venda de chapéus persiste





Comércio está em Belo Horizonte há 57 anos.

Michele Amaral

Tancredo Neves e seu neto Aécio, Murilo Badaró, Gustavo Capanema, Aureliano Chaves, Vivaldi Moreira, Danilo Gomes, Newton Cardoso e Sérgio Reis. Esses são alguns que já usaram chapéu comprado com o Sr. Elias, na loja tombada como patrimônio histórico municipal situada na Av. Amazonas, 950, em frente ao Mercado Central de Belo Horizonte.
Libanês de sangue e mineiro de coração e prosa, Elias Ishac Joukhadar chegou ao Brasil com 16 anos. Sem falar português, começou a trabalhar em uma loja de aviamentos, onde aprendeu um pouco da língua. Dois anos mais tarde, em 1952, ele abre seu comércio que entraria para história mineira.
Tudo começou com a venda de tecidos. Os chapéus surgiram por acaso, em 1956: “Um amigo meu ofereceu me passar, sem compromisso, duas dúzias de chapéus, e aí de repente a venda explodiu. Hoje, eu não sei exatamente, mas acredito estar entre os três primeiros no Brasil em vendas de chapéus”, conta Elias.
A Casa Cabana vende também boinas, cintos, malas, mas são os chapéus que representam a maior parte das vendas. “Tenho clientes fiéis pelo Brasil, que ligam, fazem a encomenda e recebem a mercadoria pelo correio”, fala o comerciante.
“Eu sempre passo aqui, seja pra comprar meu chapéu ou pra prosear com o Elias”, diz Antônio Silva.
Elias diz que nem mesmo a crise econômica mundial afetou seu comércio. “A receita do sucesso está em três pilares: tradição, atendimento personalizado e estoque”, ressalta.
Há 59 anos em Belo Horizonte, possui seis filhos e diz que “a história não pode parar”. Por isso, sua filha Soraya Elias Joukhadar pretende dar continuidade à tradição.
“Meu pai trazia a gente pra cá com 8 anos, pra valorizarmos isso aqui. Hoje eu ajudo a cuidar de tudo, é muita responsabilidade”, diz Soraya.
Elias conta que daqui dois anos vai deixar tudo nas mãos da filha, para descansar. “Ele fala isso há muito tempo, mas ele não consegue não. Tem vinte anos
que estou aqui com ele, mas não adianta, ele ama isso aqui”, conta Soraya.

ORGULHO

Elias Joukhadar sente orgulho de fazer parte da história de Belo Horizonte, tendo seus chapéus imortalizados pela mini-série Hilda Furacão e por tantas personalidades.
“Tenho muito orgulho de ter como cliente o cantor Sérgio Reis. Ele de vez em quando vem aqui e dá até fila para autógrafo. Ele senta, conversa e compra chapéu e cinto com fivela”, relata.
O comerciante diz que está esperando uma nova visita do cantor “Ele deve vir pra política mineira, aí ele deve aparecer”, comenta Elias.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

OPRESSÃO DA IMPRENSA

Jornais brasileiros transformam suspeito em condenado diante da opinião pública.

Michele Amaral.

10 de dezembro de 2000: o jornalista José Cleves e sua esposa Fátima Aparecida Abreu Silva são assaltados por dois rapazes, na região oeste de Belo Horizonte. O repórter do Estado de Minas assiste a morte de sua companheira, mãe dos seus cinco filhos. Como se não bastasse, vira alvo do inquérito policial N° 654/2000, que tramitou no Fórum Lafayete de Belo Horizonte, acusado de ter cometido o crime. É condenado pela imprensa, mas absolvido em todas as instâncias do processo, que terminou no dia 14 de outubro de 2008 com a sentença final do Supremo Tribunal Federal. Tudo isso foi relatado em seu livro e para estudantes de Jornalismo no último dia 26 de agosto.
Cleves começou a palestra dizendo que a imprensa representa o quarto poder. Segundo ele, a imprensa em sua essência é independente e tem o dever de fiscalizar os demais poderes (Legislativo Executivo e Judiciário).
No entanto, em seu caso isso não aconteceu. Em vez de fiscalizar, “o que se viu foi a imprensa comprando a versão do delegado sem que nenhum repórter lesse o inquérito de 2000 páginas, e tive o cuidado de acompanhar, nenhum jornalista leu, e não seguia em segredo de justiça”, disse José Cleves.
Se isso tivesse acontecido, ele argumenta, a opinião pública teria conhecimento de sua inocência. Todos os laudos da perícia, presentes no inquérito, foram favoráveis a Cleves: Laudos de digital na arma apreendida, residuográfico (para verificar se havia resíduo de pólvora nas mãos do jornalista), microcomparação balística, teste de disparo com a arma para saber se a mesma soltava pólvora, laudo da luva que teria sido utilizada no manuseio da arma, amostra de sangue e reconstituição.
O jornalista ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG) e do Departamento de Estatística e Estudos Socio-Econômicos (DIEESE) de Minas Gerais Dídimo Paiva destaca que a imprensa não reconheceu a injustiça que cometeu condenando um inocente: “quase oito anos depois a mídia (agosto de 2008) mal chegou a gastar doze linhas para relatar a absolvição”, declarou no livro que relata o caso.
Cleves foi absolvido em júri popular em todas as instâncias de Justiça. “Isso, em grande parte, por mérito próprio, uma vez que realizou uma investigação paralela, conseguindo localizar provas e testemunhas”, completa o Deputado Estadual Durval Ângelo.

Injustiça
O motivo para a tentativa da polícia de incriminar José Cleves, segundo ele, teria sido as várias reportagens que fez denunciando irregularidades dentro da corporação. No dia do assalto, o jornal Estado de Minas estampou na capa do caderno “Gerais” a matéria “Cidade armada até os dentes”, assinada pelo jornalista. A reportagem denunciava o comércio ilegal de armas de fogo realizado em Belo Horizonte por parte das polícias militar e civil.
“As fraudes são vergonhosas. Colocaram uma arma no local para incriminar-me, mas só dois dias depois do assalto. E primeiro foi dito e fotografado que a arma estava sobre entulhos, depois apareceu um pano preto, que seria uma luva. A fotografia foi trocada, na tentativa da possível luva justificar a ausência das minhas digitais na arma”, contou José Cleves.
Mesmo a perícia sendo favorável ao repórter, o delegado Edson Moreira falou para imprensa que o laudo da balística era positiva e que houve vestígio de pólvora nas mãos do acusado. Para manter sua versão, o delegado reteve o laudo no Instituto de Criminalística.
“O que impressionou na história foi a troca das fotografias da arma”, comenta Michel Reis, que assistiu a palestra proferida por Cleves. “Ele e os filhos devem ter sofrido muito com tamanha injustiça”, completa Michel.
A estudante Érica xxxx, se diz impressionada com o poder que a imprensa possui. “Da mesma forma que a imprensa acabou com a vida dele, poderia ter recuperado sua carreira, pois ficou claro o absurdo das provas falsas. Com o exemplo de Cleves dá até medo de trabalhar no jornalismo investigativo”, ressaltou Érica.
José Cleves diz que apesar de tudo o que lhe aconteceu, não se arrependeu das denúncias que fez sobre as irregularidades dentro da polícia: “esse é o dever do bom jornalista, apurar os fatos”, declarou. “Apesar da tentativa da polícia me incriminar, não acreditei que seria condenado inocentemente, as peças não se encaixariam”, completou Cleves.

domingo, 20 de setembro de 2009

Famílias de sem-terra ocupam terreno há 5 meses




A operação nomeada Dandara modificou o cenário da rua Petrópolis, no bairro Céu Azul.


Michele Amaral

Desde a madrugada do dia 09/04, cerca de 150 famílias montaram acampamento no terreno vazio há cerca de 40 anos. Hoje esse número subiu para 891 barracos, de acordo com a coordenadora de núcleo do acampamento Priscila Cristiane Pereira.
A ação foi realizada com apoio do Fórum de Moradia do Barreiro, Brigadas Populares e MST. Eles reivindicam a propriedade com cerca de 40 mil metros quadrados, de poder legal da Construtora Modelo, que pediu na justiça a reintegração de posse e desocupação da área.
O processo ainda está em tramitação, mas alguns moradores já controem no local.
A polícia militar faz vigilância 24 horas com o objetivo de garantir a ordem e impedir a entrada de materiais de construção: "Eles não ganharam a apropriação da terra e por isso não podem construir. Há rodízio de policiais para impedir a entrada de caminhões com material de contrução e garantir a segurança, mas tudo está relativamente tranquilo por aqui", relatou Soldado Dias, que não quiz dar maiores informações.
Ideslane dos Santos Pereira entrou no acampamento há 4 meses e para montar sua barraca precisou esconder os materiais no carrinho de bebê da sua filha. Ela conta que se mudou para a Dandara depois de ser despejada de onde morava, por falta de condições de pagar o aluguel: "Eu casei e tive minha filha, mas na minha gestação tive diabetes e pressão alta. Meu patrão me mandou embora grávida e só meu marido ficou trabalhando . A gente pagava R$200 de aluguel. Minha filha deu bronquite asmática e refluxo. Não consegui o remédio pela prefeitura imediatamente. Então eu tinha que gastar R$68 de 12 em 12 dias mais as passagens para irmos ao médico. Com isso ficamos devewndo dois meses de aluguel e fomos despejados. A solução foi pegar minha filha e vir pra cá", conta Ideslane.
Adriano Avelar de Souza mora no bairro Céu Azul há 19 anos e trabalha muito próximo ao local ocupado. Ele afirma que a situação é de receio diante da incerteza dos próximos acontecimentos e que há medo diante da possibilidade de enfrentamento das famílias acampadas e dos policiais ou mesmo com a comunidade. "Muitos deles disseram que não vão sair do local com facilidade, que não vai ter acordo e que caso eles tenham que ser despejados, vão sair quebrando o comércio da região, esse tipo de coisa", disse o morador.
A sem-terra Priscila confirma a possibilidade de resistência diante de uma possível ação de despejo. Porém, para ela, não há embate com os moradores do bairro: "O problema que temos com a vizinhança é por causa da mídia. Sempre se fala mal do povo aqui dentro, nunca bem. Aí eles se reuniram e fizeram um abaixo-assinado contra nós. Mas temos uma preocupação muito grande em mostrar para a sociedade que não somos isso que ela imagina. Aqui tem muita criança, muito idoso e muita gente que precisa. Nós sabemos que pode ter gente se aproveitando da luta do povo, como em todo lugar. Mas as famílias só querem viver com dignidade e as portas estão abertas para a sociedade conhecer nossa realidade, nossas dificuldades, antes de nos taxar de marginais", desabafa Priscila.
O morador Adriano afirma que a violência no bairro aumentou após a operação Dandara: "Era um lote vazio, tinha algumas criações, mas era relativamente tranquilo, apesar da favela que tem aqui perto. Mas depois que o acampamento veio pra cá a violência aumentou bastante, principalmente os furtos. Pode ser do pessoal do acampamento, mas também pode ser de gente que se aproveita da situação para cometer esses furtos. É uma situação complicada", preocupa-se Adriano.
Priscila, por sua vez, afirma que o terreno antes da ocupação era local de violência e por isso, foi escolhido para a invasão: "O pessoal ficou estudanto este imóvel há muito tempo. Sabíamos que ele não estava cumprindo sua função social. Aqui tinha estupro, desmanche de carros, drogas. Além disso, têm as dívidas de impostos", justifica a sem-terra.
Nossa reportagem não encontrou representantes da Construtora Modelo, dona do terreno, para comentar o assunto.



Conflitos com a prefeitura

Os sem-terra, através de Priscila, reclamam que a prefeitura não os recebeu para uma conversa, o que em suas opiniões seria essencial para a vitória na justiça para apropriação da terra. "Nós já procuramos várias vezes. Fomos na Assembléia, na Câmara Municipal. Por fim, fizemos uma mobilização e caminhamos daqui até o centro, dois dias, até na porta da prefeitura pra tentar conversar com o prefeito. Pedimos de várias formas, imploramos para nos receber para uma conversa, mas não conseguimos. Ele (prefeito Márcio Lacerda) simplesmente se recusou, mostrou que não tem diálogo com o povo", argumentou Priscila.
José Igídio do Carmo, representante do Conselho Municipal de Habitação, encaminhou nota do Conselho do dia 23 de julho de 2009 em resposta a nossa reportagem. A nota afirma que o Conselho é contra ocupações: "Negociar com os ocupantes significa ferir frontalmente a política municipal de habitação popular, construída democraticamente e com enormes sacrifícios, ao longo dos últimos 20 anos. Também seria romper acordos firmados com o movimento de luta pela moradia da capital, que reúne por volta de 13 mil famílias de baixa renda inscritas em 172 Núcleos de Sem Casa, com o propósito de alcançar o sonho da casa própria".
Ednéia Aparecida de Souza, do Movimento Popular por Moradia e da Cooperativa Habitacional Metropolitana, diz que não foram procurados pelos membros da operação Dandara, mas que existem discordância apoiadores da ocupação: "o Movimento (Popular por Moradia) tem passado muita dificuldade com os lideres das brigadas e do fórum do barreiro tanto que as provocações impostas pela coordenação destas entidades nos obrigou a escrever uma carta respondendo as acusações colocadas na mensagem da ocupação que, para alem de fazer criticas ao prefeito também agride o movimento de luta pela moradia e fere os critérios da lei municipal conquistada a duras penas pelas famílias organizadas", comenta Ednéia.
Priscila responde que o déficit habitacional de Belo Horizonte é muito grande, cerca de 173 mil. Isso faz com que a fila de espera seja enorme: "Muitos de nós estão sem emprego ou fazem praticamente o de comer, não podemos ficar esperando como se nada estivesse acontecendo. Estamos lutando pelo direito de moradia garantido pela Constituição", ressalta.
Ednéia diz que esse é o motivo pelo qual as ocupações não podem acontecer: "seria muito fácil resolver o problema histórico de habitação em bh, se bastasse ocupação. Imagine todo mundo sair ocupando tudo que visse pela frente. É preciso organização. É isso que propomos", finaliza Ednéia.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Gripe suína

Informação...
essa foi uma palavra que não se viu no início da cobertura da gripe suína.
As pessoas ficaram desesperadas, pararam de comer carne de porco e a qualquer sintoma de gripe procuravam os postos médicos...
despois a coisa deu uma acalmada...
as informações começaram a ser divulgadas...
no entanto, não é tarde pra falar: a imprensa tem um papel social acima de tudo, e não deve falhar em casos como este!

quinta-feira, 26 de março de 2009

DESCULPAS

OLÁ PESSOAS...

EM PRIMEIRO LUGAR DESCULPE-ME A AUSENCIA ESTOU PRA TICAMENTE SEM INTERNET ATÉ A PRIMEIRA QUINZENA DE ABRIL...

APÓS ESTA DATA VOLTAREI AS MINHAS CONSIDERAÇÕES SEMANAIS...

ABRAÇOS!