sexta-feira, 30 de maio de 2008

Imprensa e células tronco

Sou uma leitora de jornais on line e acredito piamente que a Internet pode sim ser suporte de boas matérias, dentro do que este meio suporta.

Desta forma analiso aqui duas matérias sobre o mesmo assunto e de abordagens bastante diferentes. São elas: “Liberação do uso de embriões dá tranqüilidade para pesquisas, dizem cientistas”, por Felipe Maia, disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u406896.shtml e “Supremo libera pesquisas com células-tronco embrionárias’, por Mirella D’elia, disponível em http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL583338-5603,00-SUPREMO+LIBERA+PESQUISAS+COM+CELULASTRONCO+EMBRIONARIAS.html.

A primeira, da Folha on-line, mostra as diferentes opiniões sobre o delicado assunto da liberação de pesquisas com células tronco, citemos: “Mas, mesmo na comunidade científica, há quem discorde desses procedimentos. A bioquímica Lenise Garcia, professora do departamento de biologia celular da UnB (Universidade de Brasília), classifica a liberação das pesquisas como "uma derrota para a dignidade humana", em um cenário em que o homem "perde consciência de si mesmo"” e ainda "Precisamos ter estudos em grande escala, para obtermos resultados mais rápidos. Se ficarmos travando [as pesquisas], não vai deslanchar nunca", diz (Sara Saad, professora titular de hematologia e hemoterapia da Unicamp)”.

Já a matéria da Globo on line, apenas mostra as opiniões favoráveis: “Desculpem-me a expressão, mas o destino de todos esses embriões seria o lixo sanitário. Dá-se-lhes, portanto, uma destinação nobre”, sustentou. “Não vejo qualquer ofensa à dignidade humana o uso de pré-embriões inviáveis ou congelados, que não teriam como destino senão um lamentável descarte”, complementou o ministro" (Marco Aurélio Mello).

O jornalismo possui um dever de mostrar as diferentes partes, e não omitir opiniões para gerar entendimento do público de determinada maneira.

Os meios de comunicação influenciam sim, inevitavelmente. Não se trata de negar este fato. No entanto esta influência deve se dar de forma responsável.
Negar pontos de vista diferentes em uma matéria é renegar a função do jornalismo e desrespeitá-lo.

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terça-feira, 20 de maio de 2008

a história de Ronaldo

Era uma vez um menino excepcionalmente talentoso para o futebol. Ele
teve rápida ascensão, de craque do seu time para craque da seleção
brasileira, daí pra herói nacional, de herói a símbolo sexual e de
símbolo sexual a garoto propaganda de todos os produtos imagináveis,
associados ou não ao esporte." Foi assim que Maria Rita Kehl, no livro
Videologias, define o início da história de Ronaldo, personagem
reflexo da mídia. Após comentar o status que o jogador adiquire com o
contrato da Nike, a autora lembra outro momento do jogador: " No jogo
decisivo da Copa de 1998, sobrecarregado com o peso do logotipo
milionário em sua camiseta,(...) Ronaldinho não conseguiu envitar que
sua humanidade se manifestasse. (...) Uma outra imagem então, não de
herói e sim de clown, atrapalhado com as próprias pernas, foi
transmitida para o mundo todo, entrando via satélite em milhões de
salas de milhões de fãs confusos." Depois de tudo isso, Ronaldo voltou
a ser aclamado e hoje é novamente vaiado. A travesti envolvida nesse
último escândalo ganhou um filme pornô e Ronaldo se vê novamente
diante de mais um desafio: refazer sua imagem. É possível?
Para mídia tudo é possível, nela tudo acontece na velocidade da luz.
Se for interesse mercadológico, tudo vale a pena. Até o escândalo é
usado, os envolvidos tornam-se produto deles mesmos.É o que diz Kel:
"como se estes sujeitos ditos privilegiados não fossem pobres diabos,
vendedores de força de trabalho, assim comoa maioria de seus fãs" ou
ainda como diz Guy Debord: " O homem cuja vida se banaliza precisa se
fazer representar espetaculamente." Aí entramos na discussão de
Adorno: algo foge da estética de indústria cultural, ou ainda vivemos
apenas no Simulacro, como questiona Baedrillard?

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Propaganda de cerveja: dilema

Várias discussões em torno das propagandas de cerveja: restringir, acabar, fiscalizar, não fazer nada?????
São várias as perguntas e várias as discussões.
Isto é o mais interessante!
Havia tempos que não se via isso!
Discordar e defender pontos de vista faz parte do jornalismo!
É como Alberto Dines citou em seu artigo de hoje, sob título: "Duas ousadias contra
a propaganda de cerveja", no observatório da imprensa:
"Os gestos de independência acontecem no momento em que nossa mídia é novamente criticada pela unissonância e falta de diversidade e servem para lembrar que os caminhos para o bem comum são necessariamente diferenciados e contraditórios."
Tal contradição foi percebida dentro do próprio site do Observatório, quando Marcos Augusto Mesquita Coelho, em 6/5/2008, com seu texto "O péssimo hábito de beber e dirigir" critica o texto de Venício A. de Lima postado no site dia 29/4/2008, com o título de "Cervejas, publicidade e direito à informação". É um conflito de opiniões muito interessante, onde se vê que o Marcos Augusto tem uma posição favorável à propaganda de cerveja e Venício contrária. Então vamos nos juntar a discussão.
Hoje, na rádio Itatiaia, Alexandre Garcia disse que até que fim poderíamos nos ver livres das bundas das propagandas - caso a lei de regulamentação impessa as propagandas de cerveja.
Tá, que as propagandas de cerveja possuem bundas, é verdade, mas eu pergunto só propagandas de cerveja? o que é carnaval, novelas diárias, programas das tardes dominicais, internet, revistas, e etc?
Que propagandas influenciam o consumidor, ok. Se não influeciassem não existiriam. Mas até que ponto as pessoas deixaram de fumar por causa da proibição da sua propaganda?
Até que ponto a influência pela marca de cerveja que vai tomar interfere na decisão irresponsável de dirigir um veículo embriagado?
E eu posso fazer estes questionamentos, por que adoro minha cerveja aos fins de semana, e praticamente nem vejo propaganda de cerveja (quase nunca assisto TV, veículo extremamante utilizado para a divulgação).
Além disso, as pessoas transam mais no carnaval por que existe a propaganda de camisinha, ou a propaganda de camisinha existe por causa do aumento do sexo no carnaval?

A discussão em torno das propagandas de cerveja será que não servem para desviar a atenção da responsabilidade de coibir e punir àqueles que infligem a lei? Eu nunca vi, por exemplo, na prática, o uso de um bafômetro nas estradas, nem em ações de véspera de feriado (e olha que os acidentes são muitos e eu viajo em praticamente todas essas datas).

Discussões como delimitar certo horário para a propaganda de cerveja, é aceitável, mas condená-la é nos chamr, na minha opinião, de burros inconsequentes que vê a propaganda e sai por aí tomando todas e diringindo.

Além do mais tem a conclusão de Marcos Augusto Mesquita Coelho que preciso citar: "Assim, tomando a frase citada no artigo como evidência de que a propaganda aumenta o consumo, diria, ao contrário: o que explica por que um anunciante dá "R$1 milhão a um pagodeiro para anunciar seu produto" é o fato da empresa saber que o dinheiro investido naquela propaganda trará resultado apenas para a sua marca. O que feriria a lógica dos investimentos em propaganda é exatamente o inverso do que lá foi citado: Ninguém daria um tostão para qualquer personalidade figurar em uma campanha de propaganda de seu produto se percebesse que este investimento estivesse servindo para aumentar as vendas também do seu concorrente."

Mas ressalto, não concordem necessariamente comigo, a discussão continua sendo o mais interessante!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

quarta-feira, 7 de maio de 2008

veja como é a veja

Depois da capa "foram eles", sobre o tão comentado caso Isabela, a Veja colcou na capa desta semana Ronaldo, por causa do tão falado caso com os travestis...
é imprensão minha, mas não existe mais corrupção, BNDES, cartões corporativos, ... Sangsugas, mensalão (o que era isso mesmo?)...
E João Hélio,lembra? (quem????)
Índio Galdino então, nem preciso perguntar...

Ah... E eu ainda comento aqui...

domingo, 4 de maio de 2008

Futebol

Que os jornais não tripudiem do coração atleticano, afinal ele é único e incondicional!