segunda-feira, 12 de maio de 2008

Propaganda de cerveja: dilema

Várias discussões em torno das propagandas de cerveja: restringir, acabar, fiscalizar, não fazer nada?????
São várias as perguntas e várias as discussões.
Isto é o mais interessante!
Havia tempos que não se via isso!
Discordar e defender pontos de vista faz parte do jornalismo!
É como Alberto Dines citou em seu artigo de hoje, sob título: "Duas ousadias contra
a propaganda de cerveja", no observatório da imprensa:
"Os gestos de independência acontecem no momento em que nossa mídia é novamente criticada pela unissonância e falta de diversidade e servem para lembrar que os caminhos para o bem comum são necessariamente diferenciados e contraditórios."
Tal contradição foi percebida dentro do próprio site do Observatório, quando Marcos Augusto Mesquita Coelho, em 6/5/2008, com seu texto "O péssimo hábito de beber e dirigir" critica o texto de Venício A. de Lima postado no site dia 29/4/2008, com o título de "Cervejas, publicidade e direito à informação". É um conflito de opiniões muito interessante, onde se vê que o Marcos Augusto tem uma posição favorável à propaganda de cerveja e Venício contrária. Então vamos nos juntar a discussão.
Hoje, na rádio Itatiaia, Alexandre Garcia disse que até que fim poderíamos nos ver livres das bundas das propagandas - caso a lei de regulamentação impessa as propagandas de cerveja.
Tá, que as propagandas de cerveja possuem bundas, é verdade, mas eu pergunto só propagandas de cerveja? o que é carnaval, novelas diárias, programas das tardes dominicais, internet, revistas, e etc?
Que propagandas influenciam o consumidor, ok. Se não influeciassem não existiriam. Mas até que ponto as pessoas deixaram de fumar por causa da proibição da sua propaganda?
Até que ponto a influência pela marca de cerveja que vai tomar interfere na decisão irresponsável de dirigir um veículo embriagado?
E eu posso fazer estes questionamentos, por que adoro minha cerveja aos fins de semana, e praticamente nem vejo propaganda de cerveja (quase nunca assisto TV, veículo extremamante utilizado para a divulgação).
Além disso, as pessoas transam mais no carnaval por que existe a propaganda de camisinha, ou a propaganda de camisinha existe por causa do aumento do sexo no carnaval?

A discussão em torno das propagandas de cerveja será que não servem para desviar a atenção da responsabilidade de coibir e punir àqueles que infligem a lei? Eu nunca vi, por exemplo, na prática, o uso de um bafômetro nas estradas, nem em ações de véspera de feriado (e olha que os acidentes são muitos e eu viajo em praticamente todas essas datas).

Discussões como delimitar certo horário para a propaganda de cerveja, é aceitável, mas condená-la é nos chamr, na minha opinião, de burros inconsequentes que vê a propaganda e sai por aí tomando todas e diringindo.

Além do mais tem a conclusão de Marcos Augusto Mesquita Coelho que preciso citar: "Assim, tomando a frase citada no artigo como evidência de que a propaganda aumenta o consumo, diria, ao contrário: o que explica por que um anunciante dá "R$1 milhão a um pagodeiro para anunciar seu produto" é o fato da empresa saber que o dinheiro investido naquela propaganda trará resultado apenas para a sua marca. O que feriria a lógica dos investimentos em propaganda é exatamente o inverso do que lá foi citado: Ninguém daria um tostão para qualquer personalidade figurar em uma campanha de propaganda de seu produto se percebesse que este investimento estivesse servindo para aumentar as vendas também do seu concorrente."

Mas ressalto, não concordem necessariamente comigo, a discussão continua sendo o mais interessante!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

2 comentários:

Rute Faria disse...

Desculpa, mas concordo com vc. Rs. Principalmente no ponto de vista de que essa discussão está sendo levantada para omitir os verdadeiros responsáveis.

Sobre a cerveja do fim de semana, eu sou uma prova viva né?
rsrsrsrs

dá-lhe Brahma! (com responsa, claro!)

Mark disse...

Cara Michele
Sou Marcos Mesquita que você citou em seu blog , a propósito de uma discussão dobre banimento/restrições da propaganda de cervejas.
À época eu exercia uma função no sindicato patronal das industrias de cervejas do Brasil (Sindicerv)
Hoje atuo em outro setor, mas permaneço com a mesma opinião que defendia. Te parabenizo por ter ampliado aquele debate ,o que contribuiu para que a discussão chegasse a todos, e não apenas aos grupos com interese direto no assunto
abraço
Marcos Augusto Mesquita Coelho
marcoscoelho@uol.com.br